O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia chegaram a um acordo político provisório para o programa Europa Digital 2021-27, programa que já havia sido proposto em junho do ano passado e que tem como objetivo o investimento em cinco sectores digitais: computação de alta performance, inteligência artificial, cibersegurança e confiança, habilidades digitais avançadas e inserção de tecnologias digitais na economia e sociedade.

O acordo inclui ainda a responsabilidade de assegurar a utilização e implementação de tecnologias digitais ao longo da sociedade e economia, para fortificar a liderança das capacidades industriais e tecnológicas da Europa. Aqui, terão especial papel as consultoras de TI.

 

Qual será o papel das consultoras de TI neste quadro?

Os primeiros passos arrancaram no ano passado, com o acordo para a criação de um espaço de dados comuns europeu, com as novas regras a permitirem o armazenamento e processamento em toda a União Europeia, sem restrições injustificadas. Estas medidas pretendiam resolver os obstáculos que impediam a livre circulação de dados no espaço europeu, e que negavam às empresas, consultoras de TI e organizações oportunidades económicas, sociais e comerciais, que afetavam as administrações públicas e os cidadãos.

De acordo com o documento do Parlamento Europeu, é essencial agora avançar rapidamente com as negociações para a estrutura financeira, de forma a arrancar com o programa a tempo e com um orçamento dedicado. A Comissão propôs ainda o financiamento para a nova infraestrutura digital da União Europeia para 2021-2027, com uma renovação do espaço único digital.

 

Rumo a um Mercado Digital Único

O programa do Mercado Digital Único vai fazer investimentos ainda mais elevados do que anteriormente no digital. Será focado em áreas de interesse público, pretendendo ainda reforçar os projetos cooperativos que já estão em marcha entre os Estados-membros. O valor avançado é de 9,2 mil milhões de euros para modificar e suportar a transformação digital das sociedades e economias europeias, onde terão um papel de relevo as consultoras de TI.

Neste sentido, serão atribuídos 2,7 mil milhões de euros para o desenvolvimento da supercomputação, prevendo-se em 2022/2023 a construção e o reforço da capacidade de processamento de dados de classe mundial. Esta área deverá estar ao serviço de áreas de interesse público como a saúde, ambiente, segurança e indústria, nomeadamente pequenas e médias empresas. A inteligência artificial terá direito a 2,5 mil milhões de euros, para introduzi-la nos negócios e administrações públicas, assim como facilitar o acesso seguro e armazenamento de grandes porções de dados e algoritmos. Além de ser usada para testar e experimentar as estruturas dos Estados-membros e encorajar a cooperação mútua.

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One Thought to “Europa Digital 2021-27 já tem linhas mestras”

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