Após mais de 1000 mortes na China devido à epidemia de coronavírus, o uso do blockchain para proporcionar pagamentos mais rápidos às pessoas infetadas pode ser um ponto de inflexão para o uso da tecnologia no setor de saúde.
Prova disso é o aparecimento de plataformas de ajuda mútua online que utilizam a tecnologia blockchain para disponibilizar planos de saúde aos milhões de participantes. A tecnologia blockchain aporta registos imutáveis e transparência a várias indústrias, incluindo assistência médica e doações de caridade, para que se possa criar confiança e incentivar mais pessoas a participar no programa de ajuda mútua.
Mas a tecnologia blockchain pode também agregar valor ao setor de saúde. Além disso, o blockchain pode ser usado igualmente para melhorar uma variedade de processos relacionados com a assistência médica.
Expectativas elevadas para o blockchain nos cuidados de saúde
Destacando a necessidade de inúmeras melhorias no setor de saúde, o gabinete do Coordenador Nacional de Tecnologias da Informação em Saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA emitiu um Roteiro Nacional de Interoperabilidade em Todo o País, solicitando uma infraestrutura omnipresente e segura de rede, identidade verificável e autenticação de todos os participantes, e representação consistente da autorização para aceder a informações eletrónicas de saúde.
Embora os sistemas atuais possam não possuir os recursos técnicos para fazer face a esses padrões, segundo os especialistas do setor, a adoção da blockchain pode fornecer a robustez solicitada em todos esses critérios quando a tecnologia estiver madura o suficiente.
Esperança para o setor da saúde
A indústria médica tem grandes esperanças de que o blockchain melhore outras áreas, incluindo a gestão de registos e pesquisa e desenvolvimento biomédico. Essas expectativas são baseadas nos principais aspetos da tecnologia blockchain, como gestão descentralizada, proveniência de dados, robustez e segurança e privacidade melhoradas.
A transparência também é agora uma prioridade no setor médico, especialmente porque o surto de coronavírus levantou preocupações sobre os governos subvalorizarem o número de infetados e falecidos.
Em Hong Kong, a Blue Cross Insurance, uma subsidiária do Bank of East Asia, também está a recorrer ao blockchain para economizar tempo de processamento e melhorar a transparência. Além de reduzir o potencial de erro humano e mão de obra necessária, a sua plataforma de seguros blockchain é capaz de lidar com até 1.000 transações por segundo.